sexta-feira, outubro 29, 2010

Sociobiodiversidade e Consulta Pública

Convite ao FÓRUM DE DIÁLOGO COM O SETOR EMPRESARIAL 
04 de novembro às 10 hs na
BIOFACH.. uma das maiores feiras sobre o mercado de Orgânicos mundial
http://www.biofach-americalatina.com.br/ 
focando as
CADEIAS DE PRODUTOS DA SOCIOBIODIVERSIDADE

Não é orgânico, é SÓCIO- BIO- DIVERSO!
Sinônimo de Agricultura Familiar...especialmente as de base ecológica!
Novas tendencias e perspectivas pra um mercado promissor...!
Realizado por 3 ministérios federais (MDS, MMA e MDS), com apoio da GTZ (cooperação Alemã)

Importante que haja o fortalecimento à ASSITÊNCIA TÉCNICA E À EXTENSÂO RURAL!!! Que as empresas compreendam que a realidade do campo é bem distante do conceito de conforto em que os endinheirados vivem, e que as universidades ainda não "dominam"  as áreas rurais, ou seja, educação e conhecimento ainda reinam apenas nas bibliotecas. 
Salvo obviamente, o conhecimento tradicional, familiar, de cada produtor rural.

E que as plantas (e projetos de desenvolvimento) não são máquinas totalmente controladas e 100% monitoradas. 
Temos que nos render às perdas, injúrias, intempéries e incidentes da cadeia da natureza.
Temos que nos reder à Deus.


e.. CONSULTA PÙBLICA
Caros amigos:

Foram publicadas as Portarias Ministeriais 1.033 (Cogumelos Comestíveis), 1.034 (Sementes Orgânicas) e 1.035 (Comercializadoras, Restaurantes e Afins), todas de 16/10/2010, publicadas no Diário Oficial da União de 27/10/2010, estabelecendo o prazo de 30 dias para apresentação de sugestões.

As sugestões encaminhadas pelas CPOrgs terão prioridade.

Nos próximos dias, serão publicadas as consultas públicas referentes às INs de Produção Vegetal e Animal e de Processamento, que propõem a inclusão de substâncias nas listas positivas e alterações nas normas de produção animal.

Abraços a todos.

Eng.º Agrº Marcelo S. Laurino
Fiscal Federal Agropecuário
Comissão da Produção Orgânica de São Paulo -  CPOrg/SP
Superintendência Federal de Agricultura no Estado de São Paulo

Veja abaixo AS PORTARIAS E INSTRUÇÔES NORMATIVAS:

terça-feira, outubro 26, 2010

Jantares com sabedoria

e
V Semana Vegetariana da UNICAMP
http://www.vegunicamp.blogspot.com/
dias 3, 4 e 5 de novembro no IFCH 

quarta-feira, outubro 20, 2010

Paz e ciência

  "O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara..." 
Lenine


Ahh como o mundo seria diferente se todos tivessem tido uma árvore como companheira na infância. Ou que seja um vaso de planta na sala de jantar.
Com cuidado, zelo, carinho e atenção... 


Andei pensando...se uma pessoa não consegue cuidar de um ser tão simples, 
rústico e produtivo como uma planta,
que dizer de seres humanos que educam seus filhos, administram empreendimentos (e lares), coordenam atividades e projetos?
"O segredo é não correr atrás das borboletas...
é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar,
não quem você estava procurando,
mas quem estava procurando por você..!" Mario Quintana


Desejo PAZ, CIÊNCIA 
e PACIÊNCIA 
à nós.

sábado, outubro 16, 2010

Sobre um Fórum e um festival

Do grupo de e-mails rede_apa@yahoogrupos.com.br 
 Articulação Paulista de Agroecologia, após o  
I FÒRUM PAULISTA DE AGROECOLOGIA
realizado em Araras de 13 à 15 de outubro.

Por Hamilton Trajano Cabral
"Olá,

Não me saí da cabeça tudo que passamos nestes três dias no I Fórum Paulista de Agroecológia. Escrevo para falar sobre o meu contentamento com tudo que vi, ouvi e senti por todo o meu corpo, que trabalhou captando os pontos positivos e observando aquilo que pode ser melhorado.

Comecei a participar da APA, um pouco antes do encontro em Botucatu e percebo atualmente que houve um amadurecimento das pessoas que compõe esta rede, inclusive e obviamente eu mesmo, e é sobre este amadurecimento que gostaria de fazer uma observação para mantermos este movimento seguro de invasões que possam causar a desestruturação deste belíssimo movimento, que deseja a inclusão.

Quero falar sobre o zelo, sobre a guarda dos princípios que estão presentes e que podem ser criados para termos um rumo, uma referência.

Este zelo, esta guarda que cada um de nós tem que fazer sobre estes princípios, que nós mesmos criamos, ela tem que ser consciente, e tem que ser cuidada com ética para que não haja o triunfo do EGO, da arrogância, e que isso não seja transferido para as outras pessoas, fomentando uma discussão que não nós interessa, com fofocas ou picuinhas desnecessárias - sugiro num próximo encontro que isso faça parte da discussão do Fórum.

E que os novos ou antigos guardiões destes princípios tenham discernimento para atuarem na transmissão deste saber.

E que todo guardião tem que ser confiável, com características de humildade e generosidade, como pude perceber esta atuação em algumas pessoas.  
Acredito que todo sucesso de uma iniciativa é no coletivo, de somatórias de iniciativas individuais.

E o grande desafio é trabalhar no coletivo, porque teremos que respeitar a individualidade de cada um, exercitar saber ouvir, saber o que falar estar aberto ao novo; criar a partir das experiências do presente, porque só se constrói o futuro com o presente.

Então, meus amigos, fica aqui a minha satisfação em poder sentir que caminhamos rumo ao novo, a pacificação, ao não enfrentamento, a não resistência e sim, a criatividade, ao belo e ao alegre.

Um abraço

Parabéns a todos que participaram com suas contribuições.
 
TEMPO É ARTE"


 Mesa de Abertura (da esq para direita): Sandra Antonini (Diretora do programa de Pós Grad. em Agroecologia e Desenvolvimento Rural); Yara Carvalho (Instituto de Economia Agrícola, representando a Articulação Paulista de Agroecologia- APA); José Maria Ferraz (Embrapa, representando a Associação Brasileira de Agroecologia); Anastácia Fontanetti (Coordenadora do curso de graduação em Agroecologia da Ufscar-Araras); Ondalva Serrano (Associação de Agricultura Orgânica- AAO); Luiz Norder (Vice presidente do programa de pós grad. em Agroecologia e coordenador do Fórum); Norberto (Diretor do Centro de Ciências Agrárias- CCA- Ufscar); (?); Rodrigo Moreira (Instituto Giramundo Mutuando)
Palestra da agricultora e assentada rural Ileide, do Assentamento Horto Vergel, de Mogi Mirim, da Associação de Mulheres Agroecológicas- AMA
Palestra do Prof. Mohamed, da Unicamp

e...mudando de assunto, só um pouco...
Do site www.falandoabobrinhas.com.br  da Chef de cozinha Luana Budel:

terça-feira, outubro 12, 2010

Compartindo...Cursos e palestras, rumo à revolução das Bocas

"Quiero compartir con ustedes esta información.
Por favor compartirla entre quienes puedan estar interesados.
Muchas gracias
Oscar Ramírez E.
Presidente
Fundación Naturagro
Cel. 3007841656 "  Sobre o Curso abaixo:
E mais outro....
"Tema:AGROECOLOGIA - SISTEMAS AGROFLORESTAIS - RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
Palestrante:
Eng. Agr. JOÃO CARLOS CANUTO (EMBRAPA-Jaguariuna).14 de outubro das 10hs às 13hs.
Local: ASSENAG Bauru/SP

Inscrição Gratuita

http://www.assenag.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=437:palestra-na-assenag-14102010&catid=7:eventos&Itemid=48


Abraço a todos.
Cláudio A. B. Vidrih Ferreira
Engenheiro Florestal

Via Vidrih Consultoriawww.vidrih.com.br


e....  A REVOLUÇÂO DAS BOCAS

 

 EUA, 2006, 5 Min, Cor. Direção: Louis Fox  (Pena não ter legenda !)        
         
Em todo o mundo, elas finalmente estão botando a boca no trombone.
Estão de saco cheio das porcarias que comemos e clamam por
comida de verdade, comida orgânica – agora! No papel
de portões do corpo humano, as bocas estão tomando
uma atitude e protagonizando um “cala-bocaço”
internacional até que suas reivindicações sejam
cumpridas. A revolução da boca começou!

Desde 1996, o diretor Louis Fox vem produzindo numerosas campanhas publicitárias e mais de
80 desenhos animados de curta metragem relacionados com os temas sustentabilidade, justiça e paz.





segunda-feira, outubro 04, 2010

Decidindo o consumo


O direito a decidir aquilo que comemos

Esther Vivas*

Frequentemente quando se fala do impacto da crise alimentar e da dificuldade para acessar uma alimentação sã e saudável olhamos para os países do Sul. Na atualidade, 925 milhões de pessoas no mundo passam fome e estas se encontram, majoritariamente, nos países empobrecidos. 

Estas circunstancias ocorrem em um período onde se produzem mais alimentos que nunca na história, com um aumento de produção de 2% nos últimos vinte anos enquanto que a população cresce a um ritmo de 1,14%. Portanto, comida existe, mas a crescente mercantilização dos alimentos têm feito que o acesso às mesmas se converta em praticamente impossível para amplas parcelas da população.

Entretanto, mais além do impacto dramático destas políticas agrícolas e alimentares na geração da fome no mundo, ha que assinalar, também, suas consequencias no aumento das mudanças climáticas, a deslocalização alimentar, a crescente descampesinação do mundo rural, a perda de agro-diversidade, etc..., especialmente nos países do sul global, mas também aqui.

Na Catalunha, por exemplo, somente 2,46% da população ativa se dedica a agricultura e esta porcentagem se reduz ano após ano, uma vez que se constata um envelhecimento progressivo do setor, já que o relevo geracional é muito escasso. Se calcula que a incorporação de jovens no campo é dez vezes inferior ao de sete anos atrás. Se em 2001, 478 jovens se somaram a atividade camponesa catalã; em 2008, somente o fizeram 49, segundo dados do sindicato Unió de Pagesos. 

O empobrecimento dos camponeses é uma realidade inegável. A renda agrária na Cataluña caiu desde 2001 em 43,7%, situando-se muito abaixo da renda geral. O encarecimento dos custos de produção e a baixa remuneração que os camponeses recebem por seus cultivos seriam algumas das causas principais que explicariam essa tendência.

O sistema agro-industrial têm gerado uma progressiva desvinculação entre produção de alimentos e consumo, favorecendo a apropriação por parte de um punhado de empresas, que controlam cada um dos componentes da cadeia agroalimentar (sementes, fertilizantes, transformação, distribuição), com a conseqüente perda de autonomia dos camponeses.

Para descrever a estrutura do atual modelo de distribuição de alimentos se costuma utilizar a metáfora do “ relógio de areia”, onde umas poucas empresas monopolizam o setor gerando um gargalo da garrafa que determina a relação entre produtores e consumidores. Na atualidade, o diferencial entre o preço pago na origem, ao camponês, e o que pagamos no supermercado se situa em torno de uns 500% em média, sendo a grande distribuição quem fica com o maior lucro. Por esse motivo, os diferentes sindicatos campesinos reclamam uma Lei de Margens comerciais e que lhes pague um preço digno por seus produtos.
 
 Frente a este modelo agrícola, desde metade dos anos 90, diferentes movimentos sociais vêm reivindicando o direito dos povos a soberania alimentar. Uma demanda que implica recuperar o controle das políticas agrícolas e alimentares, o direito a decidir sobre aquilo que comemos, que os bens naturais(água, terra, sementes...) estejam em mãos dos camponeses. Uma proposta que é baseada na solidariedade internacional e que não tem que se confundir com os discursos chauvinistas partidários do “primeiro o nosso”.

Na Catalunha, esta soberania alimentar implica o acesso a terra de quem quer incorporar-se a atividade agrícola, apostar por um banco de terras, e denunciar a crescente especulação com o território. É urgente, como reivindica a plataforma Catalã Somos o que semeamos, uma moratória de cultivo de transgênicos e deixar bem claro que a coexistência é impossível. Catalunha e Aragão são as principais zonas da União Européia onde se cultivam transgênicos, inclusive variedades proibidas em outros países. Faz falta uma nova Política Agrária Comum(PAC), enquanto soberania alimentar, priorizando uma produção, uma distribuição e um consumo de proximidade, um modelo agrícola vinculado a agroecologia, investimentos e serviços públicos e de qualidade no mundo rural e uma legislação sanitária adequada para a transformação artesã e a comercialização local.
 
 Sem um entorno rural e camponês vivo, outro mundo e outro consumo não serão possíveis. Como diz a Via Campesina, hoje “ comer se converteu em um ato político”

 

*Esther Vivas é autora de ‘Do campo ao prato’ (Icaria ed. 2009).
Artíigo publicado no jornal Público (edición de Catalunya), 03/08/2010.

Tradução para o português: Paulo Marques ( www.brasilautogestionario.org)


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