quarta-feira, novembro 30, 2011

Zingiber officinale, o medicamento picante

Fantástico e medicinal!! Seu nome científico já afirma isso com a palavra OFFICINALE. 
 Também é conhecido pelos indígenas por Mangarataia ou mangaratiá.
 Hoje, o gengibre é cultivado principalmente na faixa litorânea do Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná e no sul de São Paulo, em razão das condições de clima e de solo mais adequadas. Trata-se de uma planta perene da Família das Zingiberáceas, que pode atingir mais de 1 m de altura.

Durante séculos o Gengibre tem sido usado em toda a Ásia para tratar dores nas articulações, resfriados e até mesmo indigestão. A medicina ayurvédica reconhece milenarmente a ação dessa planta sobre o sistema digestivo, tornando-a oficialmente indicada para evitar enjoos e náuseas, confirmando alguns dos seus usos populares, onde o gengibre é indicado na digestão de alimentos gordurosos.

O Gengibre cru ou cozido pode ser um analgésico eficaz, mesmo para condições inflamatórias como a osteoartrite. Isso porque a inflamação é a causa raiz de todos os tipos de problemas como artrite, dor nas costas, dores musculares, etc. Ele contém 12 compostos diferentes que combate a inflamação.

Segue algumas dicas para você ter uma boa dose diária de gengibre:

Ao fritar alguns alimentos junte o Gengibre e mexa bem: ele vai adicionar um sabor revigorante para qualquer prato.

O gengibre também possibilita que seja substituido pela tradicional cebola - e alho-, que é usada sistematicamente na culinária brasileira. (A cebola, assim como o alho deve ser consumido com muita moderação. Assim como na Medicina Clássica Chinesa, na Ayurveda também é descrito que além de produzir hálito e odor corporal, estas plantas [aliáceos] induzem irritação, agitação, ansiedade e agressividade.  Assim, os aliáceos causam prejuízos físicos, emocionais, mentais e espirituais.) http://autocura.wordpress.com/2011/04/03/o-alho-e-a-cebola-na-alimentacao/



A maioria das farmácias ou lojas de produtos naturais vendem gengibre em pó,em comprimidos ou cápsulas.

Use uma compressa de gengibre sobre zonas doloridas: Isso vai estimular a circulação sanguínea e aliviar dores nas articulações.

Beber chá de gengibre: É barato. É muito fácil.

O gosto é ótimo. E cura. Aqui está uma receita simples...:
* Quatro copos de água;

* Um pedaço de aproximadamente 5 cm de Gengibre descascado e cortado em fatias;

* Limão e mel a gosto. Se preferir, use laranja no lugar do limão. Fica ótimo!

Ferva a água numa panela com fogo alto. Assimque começar a fervura adicione as fatias de Gengibre, deixe em fogo baixo, cubra a panela para que os vapores não saiam e deixe fervendo por aproximadamente 15 minutos.

O chá está pronto! Basta coar, e adicionar o mel com o limão ou laranja. Saúde!

terça-feira, novembro 15, 2011

Árvores adubadoras e Permacultura

A alternativa agroecológica
Árvores adubadoras fazem sucesso na África

Centenas de milhares de agricultores familiares da África Austral estão utilizando arbustos e árvores de crescimento rápido para fertilizar seus campos naturalmente e, assim, aumentar as produtividades e rendimento.


Cientistas do ICRAF (World Agroforestry Centre - em português, Centro Mundial de Agrofloresta), uma ONG de pesquisa no Quênia, analisou o trabalho de duas décadas voltado à introdução das “árvores adubadoras” nas propriedades rurais africanas. Os resultados foram publicados no último mês na revista International Journal of Agricultural Sustainability (edição de 14 de outubro).

As árvores adubadoras, como a acácia, capturam nitrogênio do ar e o transferem para o solo em um processo conhecido como fixação de nitrogênio. Isso ajuda na assimilação de nutrientes e aumenta a produtividade das lavouras, com potencial para dobrar ou mesmo triplicar as colheitas. As árvores também melhoram a eficiência hídrica das propriedades e ajudam a prevenir a erosão do solo.

“Quatrocentos mil agricultores da África Austral (Malaui, Moçambique, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue) estão utilizando árvores para impulsionar suas produções, e há ainda milhões de agricultores familiares carentes de recursos que poderiam se beneficiar delas”, declarou Oluyede Ajayi, primeiro autor do estudo e cientista sênior do ICRAF.

Os pesquisadores observaram que a produtividade do milho e o rendimento dos agricultores são significativamente mais altos em áreas onde as árvores são utilizadas. Na Zâmbia, por exemplo, os rendimentos dos agricultores que usam árvores adubadoras foram de, em média, US$ 230-330 por hectare, enquanto o rendimentos daqueles que não usam árvores foi de apenas US$ 130. Este aumento na renda proporcionou alimentos para até 114 dias extras.

Segundo Ajayi, a fertilidade do solo cumpre um papel crítico em assegurar a segurança alimentar para agricultores familiares em muitos países africanos. Para ele, é preciso empreender esforços para tirar vantagem de todas as opções disponíveis - incluindo as árvores adubadoras - ao invés de travar inúteis debates acadêmicos sobre fertilizantes orgânicos versus inorgânicos.

Ele sugere a criação de políticas e programas institucionais que possam apoiar o uso das árvores adubadoras e a disseminação de informações sobre seus benefícios. (...)

Fonte: Fertiliser trees prove a hit in southern Africa - SciDev Net,
03/11/2011.
Leia a íntegra do artigo: Oluyede Clifford Ajayi, Frank Place, Festus Kehinde Akinnifesi, Gudeta Weldsesemayat Sileshi. Agricultural success from Africa: the case of fertilizer tree systems in southern Africa (Malawi, Tanzania, Mozambique, Zambia and Zimbabwe). International Journal of Agricultural Sustainability, 2011; 9 (1): 129 DOI: 10.3763/ijas.2010.0554



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