Discutir o Consumo...Isso me move, desde sempre...nunca gostei das idas ao shopping para compra de roupas. Ainda bem que como caçula, sempre herdei as roupas de minhas irmãs mais velhas. O tempo foi passando e os questionamentos foram aumentando. Ter, ou ser?
Já na faculdade tomei conhecimento do Instituto Akatu, pelo consumo consciente, uma Ong, que é considerada filha mais nova do Instituto Ethos (de responsabilidade social/ empresarial). Organizei uma palestra sobre o tema, e depois fiz uma visita no instituto onde ganhei várias publicações interessantes. No Giramundo, após conhecer cooperativas de consumo (de produtos ecológicos, claro!) no sul do país (ACOPA – Associação de Consumidores do Paraná; Coopet – Cooperativa de consumidores de Três Cachoeiras- RS) e outras, iniciamos o Movimento do Consumo Consiente de Botucatu e região, na tentativa de juntar pessoas interessadas na conscientização ecológica da população geral. A idéia não avançou muito além de um bonito folder e encontros . Depois disso ocorreram trabalhos na escola Sofia Gabriel, com o projeto "Educação para o consumo consciente", que durou 6 meses, com oficinas, junto com o amigo Guilherme - Jeca, para crianças de quinta e sexta séries.
Em noticia do boletim do Akatu de 08/12/2008, Ignacy Sachs, ecossocioeconomista e um dos criadores do conceito de ECO-Desenvolvimento diz:
“Depende da mudança de hábitos de consumo e de estilo de vida a mudança de paradigmas para a sustentabilidade” no debate “Uma Outra Amazônia”, realizado em São Paulo. Sachs acredita no que ele chama de “revolução azul” como importante saída para o desenvolvimento local, que traz em si uma mudança importante de hábitos dos consumidores. “Passaríamos a ingerir peixes provenientes de piscicultura feita na biomassa aquática na Amazônia”, explica. Essa mudança de cardápio — sai o boi, entra o peixe — ajudaria a manter a floresta em pé, a preservar a água de rios e a reduzir as emissões de metano (um poderoso gás de efeito estufa) que o boi exala.
A biocivilização proposta por Sachs, da qual o Brasil pode ser pioneiro e expoente, será baseada no uso da biomassa como fonte para suprir muitas necessidades das sociedades no futuro: alimentos, energia (como etanol e biodiesel), materiais de construção, fibras para confeccionar roupas, plásticos verdes, remédios e cosméticos. Para Sachs, o grande desafio é conscientizar o consumidor, “um dos pontos mais importantes e mais difíceis de se empreender” na busca por um modelo econômico mais sustentável.
Hoje se confirmou que o debate sobre o consumo, em minha vida, se estenderá pelos próximos dois anos. Meu projeto de mestrado versará sobre experiências entre produtores e consumidores alternativos de produtos orgânicos.
Será um desafio que desde já abro para opiniões. Envolver a sociologia e a economia no meio do discurso ecológico será meu grande objetivo, embasada no tal "tripé da sustentabilidade". Envolver a pesquisa em meio o ensino e a extensão. Envolver o cidadão comum junto do agricultor e do pesquisador. Envolver consciência e ética, em meio a uma sociedade tão desigual e desequilibrada.
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