domingo, março 29, 2009

Qual o nosso papel?




Qual o nosso Papel ?

O mundo virtual tem auxiliado na redução do uso de papel e celulose de um lado. A Fapesp, por exemplo aboliu o uso da papelada para encaminhamento de seus projetos, utilizando somente o canal virtual.
Entretanto o papel é imensamente utilizado nos dias de hoje. Campanhas de publicidade e propaganda são uma das grandes consumidoras destes recursos. Pilhas e pilhas de lixo publicitário são gerados a cada dia. Felizmente algum trabalho de reciclagem vem sendo feito para tentar minimizar esse uso.
As linhas Chamex, Chamequinho, dentre outras são alguns dos produtos da gigante INTERNATIONAL PAPER. A madeira utilizada pela empresa recebe certificação do Cerflor (Programa Brasileiro de Certificação Florestal coordenado pelo INMETRO). Segundo o Site: "Todas nossas florestas são cultivadas e renováveis, aliando sempre o plantio comercial à recomposição de florestas naturais, sem esquecer da preservação de espécies nativas e da fauna silvestre da região, seguindo os rigorosos padrões ambientais da norma internacional ISO 14001".


As unidades produtivas do Estado de São Paulo encontram-se nas cidades de MOGI GUAÇU e LUIZ ANTONIO, além de outra unidade em Minas, na cidade de TRÊS LAGOAS.

Com faturamento anual de aproximadamente US$ 22 bilhões em 2007 e quadro de aproximadamente 54 mil funcionários diretos, a IP está presente em 20 países dos continentes americano, europeu e asiático, exportando para mais de 120 nações. A sede mundial da empresa é em Memphis, no Estado de Tennessee, EUA.
Outras gigante do setor, que ronda os solos da região de Botucatu é a Duratex, com pesquisas invadidndo a Universidade, berço adequado já que abriga o curso deformação de Engenharia florestal. De lá.. profissionais são formados essencialmente com uma visão unilateral da produção florestal. Como profissionais identificados com o Meio Ambiente, cabe a cada um se questionar e optar para qual caminho escolhe seguir. Buscando defender uma produção equilibrada, ou uma produção exploratória.
O discurso ambiental já se encontra pulverizado na maioria das empresas. E discussões sobre a real intenção e aplicabilidade dos "Projetos de preservação sócio-ambiental" são um dos panos de fundo para o debate ambientalista e com a preocupação da sustentabiliadade desses tipos de projetos.
O debate é longo, fundamental e desafiador, já que vivemos numa sociedade que se relaciona diretamente e/ou dependentemente com todos os demais públicos (privado, ongs e estado).
Coloco aqui algumas questões que surgiram, nas últimas semanas...
Qual o papel dos cidadãos frente às mega multinacionais? Sabemos discernir entre um produto local/regional e um produto globalizado? Sobre o processo produtivo de tais empresas? Existem empresas produtoras de papel e celulose de pequeno porte, de agricultores familiares? Que realizam/ manejam essencialmente sistemas agroflorestais em suas produções? E as produções de árvores transgênicas que já invadiram o Brasil sem sequer serem avaliadas e analisadas enquanto possibilidade de insegurança para a agricultura, como ficam?

Vamos continuar consumindo papeis, roupas, produtos diversos, eternamente. Necessitamos deles! Como mudar então? Políticas (e que sejam públicas, obviamente)! Sempre elas! Como aliadas num sistema regido pelo capital!
Vamos continuar tendo o papel de auxiliar da melhor maneira possível no desenvolvimento de propostas ditas mais "sustentáveis" em nosso meio. Vamos nos esforçando para compreender os papeis e valores de cada função (empresa, trabalho, produção, etc...)de nossa sociedade, de cada oportunidade, de cada ação desenvolvida e com qual propósito ela se objetiva.


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