Enviado por Claudio Nadalleto Publicado em 12 de agosto de 2009 às 12:54
por Luiz Carlos Azenha (vi o mundo)
Tudo indica que Marina Silva sairá mesmo do PT e se lançará candidata à Presidência da República pelo Partido Verde.
Nos próximos dias haverá milhares de especulações sobre se ela está "fazendo o jogo da direita", funcionará como "linha auxiliar de José Serra" e assim por diante.
Repete o padrão do "voto útil", aquele bordão que foi usado para constranger projetos políticos alheios.
Não acho que Marina tenha chance de vencer as eleições de 2010. Pode, como sugeriu um comentador deste site, marcar posição. Qual o exato impacto que ela terá é uma incógnita. Tirará votos de Dilma? De Serra? Passará para o segundo turno? Só o tempo dirá.
Ainda acredito que em 2010 o que vai contar, mesmo, é o estado da economia.
Lembrem-se que em 2006 o primeiro turno foi precedido por incontáveis meses de bombardeio midiático contra Lula, nos mesmos moldes que começamos a testemunhar agora.
Heloisa Helena recebeu da Globo a mesmíssima cobertura dedicada a Lula e a Geraldo Alckmin. Teve menos de 7% dos votos, mas foi o suficiente para empurrar a disputa para o segundo turno.
Acho que o Partido Verde não passará disso. Tem o potencial de atrair eleitores de classe média das regiões metropolitanas, aqueles para os quais "sustentabilidade" faz algum sentido na vida prática. Para você pensar em "desenvolvimento sustentável" tem que, primeiro, fazer três refeições por dia, gastar água escovando os dentes de manhã e à noite, ou seja, ter acesso a água, eletricidade e saneamento básico.
Como é que você vai se identificar com um projeto político se não tem a experiência física de participar da sociedade do consumo e do desperdício?
Como é que você vai pedir um voto falando em sustentabilidade a quem está no Bolsa Família?
Dito isso, acho que todos deveríamos dar boas vindas à Marina Silva. O debate que ela pretende provocar é muito importante para o futuro do Brasil e não é contemplado nem por Dilma Rousseff, nem por José Serra. Ambos são desenvolvimentistas.
Que ela enriqueça o debate nacional, que está mesmo precisando ser oxigenado para além de tucanos e petistas.
por Luiz Carlos Azenha (vi o mundo)
Tudo indica que Marina Silva sairá mesmo do PT e se lançará candidata à Presidência da República pelo Partido Verde.
Nos próximos dias haverá milhares de especulações sobre se ela está "fazendo o jogo da direita", funcionará como "linha auxiliar de José Serra" e assim por diante.
Repete o padrão do "voto útil", aquele bordão que foi usado para constranger projetos políticos alheios.
Não acho que Marina tenha chance de vencer as eleições de 2010. Pode, como sugeriu um comentador deste site, marcar posição. Qual o exato impacto que ela terá é uma incógnita. Tirará votos de Dilma? De Serra? Passará para o segundo turno? Só o tempo dirá.
Ainda acredito que em 2010 o que vai contar, mesmo, é o estado da economia.
Lembrem-se que em 2006 o primeiro turno foi precedido por incontáveis meses de bombardeio midiático contra Lula, nos mesmos moldes que começamos a testemunhar agora.
Heloisa Helena recebeu da Globo a mesmíssima cobertura dedicada a Lula e a Geraldo Alckmin. Teve menos de 7% dos votos, mas foi o suficiente para empurrar a disputa para o segundo turno.
Acho que o Partido Verde não passará disso. Tem o potencial de atrair eleitores de classe média das regiões metropolitanas, aqueles para os quais "sustentabilidade" faz algum sentido na vida prática. Para você pensar em "desenvolvimento sustentável" tem que, primeiro, fazer três refeições por dia, gastar água escovando os dentes de manhã e à noite, ou seja, ter acesso a água, eletricidade e saneamento básico.
Como é que você vai se identificar com um projeto político se não tem a experiência física de participar da sociedade do consumo e do desperdício?
Como é que você vai pedir um voto falando em sustentabilidade a quem está no Bolsa Família?
Dito isso, acho que todos deveríamos dar boas vindas à Marina Silva. O debate que ela pretende provocar é muito importante para o futuro do Brasil e não é contemplado nem por Dilma Rousseff, nem por José Serra. Ambos são desenvolvimentistas.
Que ela enriqueça o debate nacional, que está mesmo precisando ser oxigenado para além de tucanos e petistas.
Fonte da imagem:http://ondas2.blogs.sapo.pt/arquivo/2005_11.html
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