terça-feira, março 22, 2011

Fitoterapia premiada

IX semana de Fitoterapia de Campinas, 
que será realizada na CATI, de  26 à 29 de abril próximo

Inúmeras iniciativas em Fitoterapia são dignas de premiações! Conheci o trabalho das mulheres no Assentamento em Itapeva (e já foi postado sobre isso aqui no blog). Grupo lá do Paraná recebeu premiação, conforme a matéria abaixo:


Assentados ganham prêmio por desenvolver fitoterápicos no Paraná
Por Jovana Cestille do site do MST
Um programa de saúde popular com base na fitoterapia em assentamentos de Reforma Agrária, realizado nos municípios de Querência do Norte e Santa Cruz de Monte Castelo, região Noroeste do Paraná, foi selecionado para receber o prêmio Cultura e Saúde de 2010, do Ministério da Cultura.

O processo de produção de hortas de forma agroecológica, desenvolvido pelo Centro de Formação e Pesquisa Ernesto Guevara (Cepag), respeita a biodiversidade e busca melhorar a qualidade de vida das famílias assentadas.
“As hortas, produzem também verduras e legumes, que são distribuídas para as famílias, visando uma melhor qualidade na alimentação. O excedente é comercializado in natura ou processado na forma de compotas, geléias e conservas”, relata a coordenadora do projeto Terra e Saúde, Sirlei Escher.
A fitoterapia, que surgiu por volta de 3000 a.C. na China, é o estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças.
Há uma grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do mundo, que podem ser utilizadas para o tratamento de doenças.
O trabalho do centro de estudo na área da saúde popular tem conquistado, além do reconhecimento de órgãos oficiais, o respeito das comunidades locais.


Além de produzir plantas medicinais, o centro de formação desenvolve um trabalho educativo para promover saúde e prevenção a doenças, passando informações sobre alimentação saudável, higiene e saúde para as famílias assentadas
Para isso, o projeto resgata os conhecimentos populares em saúde e incentiva as famílias a fazer uso da fitoterapia, por meio de oficinas para qualificação do trabalho com plantas medicinais para o preparo de xaropes, sabonetes medicinais e pomadas e produtos de limpeza (como sabão líquido, sabão em pó, entre outras).
O trabalho realizado com plantas medicinais tem mais de nove anos e ganhou força a partir de setembro de 2009, com o apoio do Projeto Terra e Saúde, da Petrobras, à Cepag, que é uma associação organizada para atender as demandas sócio-culturais das famílias assentadas na região. Em menos de um ano, o projeto ganha prêmio do Ministério da Cultura, que foi divulgado no diário oficial em 23 de dezembro de 2010.

Antes, as plantas medicinais eram produzidas apenas no Centro em Prol da Vida, localizado em Querência do Norte e na sede do Cepag. Com apoio para a produção, foi possível ampliar esse trabalho com a implantação de hortas no sistema “mandala” nos assentamentos.

segunda-feira, março 21, 2011

O triste fim de uma zona rural?

Desanimadora a realidade do entorno de Campinas. Veja a situação:

A prefeitura de Valinhos esta fazendo de tudo para evitar a participação da população em dois projetos de lei que visam alterar o plano diretor. Estes projetos, se aprovados, provavelmente irão causar, de um lado, a extinção da atividade rural do município, e do outro, irão dobrar sua população.

Para esvaziar os debates, foram marcados para o mesmo dia e horário, nesta terça 22/03, ás 19h:

1 - A primeira votação na câmara, para transformar mais de 6 milhões de metros quadrados de área rural em área de logística.

2 - Audiência pública na prefeitura para modificar o projeto de alteração no texto do plano diretor, que dentre outras coisas , transformará a maior parte da Serra dos Cocais em condomínios.

As decisões relativas aos projetos acima, dependem exclusivamente da vontade política dos nossos representantes, vamos cobrar que eles defendam os interesses da população, que já se mostrou claramente contrária a eles em todas as oportunidades que lhe foram dadas.    

As consequências das mudanças propostas pela Prefeitura contribuirão significativamente para a junção urbana entre Valinhos, Campinas, Vinhedo e Itatiba. A grande Campinas já está saturada, e falta pouco para se juntar a grande São Paulo, formando uma gigante MEGALÓPOLE. 

Temos que defender um cinturão verde com corredores de matas e atividades rurais sustentáveis em torno das cidades, principalmente se tratando de uma área de manancial como é a Serra dos Cocais.

A opção também é sua, participe.

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Postado por Blogger no Associação Amigos da Serra dos Cocais em 3/21/2011 10:53:00 PM

Agroecologia, pela ONU e pela região metropolitana de SP

Nesta terça-feira (08/03), a ONU – Organização das Nações Unidas – divulgou  um relatório que afirma o potencial da agricultura sustentável, ou agroecologia, para rapidamente começar a alimentar as pessoas mais pobres, reparar os danos  causados pela produção industrial e, a longo prazo, se tornar um padrão de  produção.

O estudo, intitulado “Agroecology and the right to food” (tradução livre “Agroecologia e o direito à alimentação”), foi apresentado pelo relator especial sobre o direto à alimentação das Nações Unidas, 
 
Olivier De Shutter,
Uma das premissas do relatório, segundo declarações do De Shutter ao jornal The New York Times, é orientar a agricultura para os modos de produção que sejam mais ambientalmente sustentáveis e socialmente justos. Ele afirma que a agroecologia ajuda não somente os pequenos agricultores, que passam a ter a possibilidade de produzir num método menos oneroso que o industrial e mais produtivo, mas beneficia a todos nós.

O modelo desacelera o aquecimento global (com pouca emissão de gases de  efeito estufa) e a erosão ecológica, ou seja, os impactos ambientais causados pela mecanização dos cultivos. Além disso, processos agroecológicos promovem a descentralização da produção, com práticas agrícolas em pequena escala em várias regiões, o que torna as culturas mais democráticas e menos sucetíveis aos choques climáticos.

Se comparada com a agricultura industrial, que requer uma enorme quantidade  de água para a irrigação e combustíveis fósseis para o transporte e produção de fertilizantes químicos, a agroecologia usa menos recursos.
Para que ela seja colocada em prática de forma plena é preciso ter  disponível trabalho, seja ele intelectual, aumentando o número de pesquisas sobre o tema, ou físico, já que precisará de mais agricultores e menos mecanização das lavouras.

O relator da ONU ainda enfatiza que é mais fácil e rápido adotar a transição  para a agroecologia em países em desenvolvimento, como a África, que ainda podem ser orientados em seus métodos, do que nos países desenvolvidos, que já tem as suas indústrias alimentares estabelecidas. No entanto, declara que mesmo estes países ‘viciados em fertilizantes químicos’ devem mudar para a agricultura sustentável a fim de preservar o planeta.

Dentre as recomendações aos governos, para criação de políticas públicas em sustentabilidade, o estudo afirma que é preciso reorientar os gastos públicos na agricultura, priorizando os serviços de extensão e infra-estrutura rural, bem como a pesquisa em métodos agroecológicos.

O próximo passo seria a difusão dos conhecimentos sobre as melhores práticas  de agricultura sustentável, com a colaboração das organizações e redes de agricultores existentes. *(Flávia Moraes)*

*Link do estudo completo
*<http://www.srfood.org/index.php/en/component/content/article/1174-report-agroecology-and-the-right-to-food>

quinta-feira, março 17, 2011

Histórias das agriculturas no Mundo


(clique para acessar) 
Este trabalho se inscreve na tradição da Cátedra de Agricultura Comparada e Desenvolvimento Agrícola do Instituto Nacional Agronômico de Paris – Grignon (INA-PG), onde hoje Marcel Mazoyer é Professor Emérito. Nessa cátedra sucedeu o renomado agrônomo e professor René Dumont, uma referência internacional nos estudos e diagnósticos sobre a agricultura camponesa nos continentes africano, latino-americano e europeu. Laurence Roudart, discípula de Marcel Mazoyer, que participou da produção desta obra, hoje é Mestre de Conferências de Economia Política Agrícola, na mesma cátedra. Uma das contribuições mais importantes de Marcel Mazoyer foi a formulação e aplicação da teoria dos sistemas agrários, um instrumento analítico que permite apreender a complexidade de cada forma de agricultura, abordando as transformações históricas e a diferenciação geográfica das agriculturas. Mazoyer assinala que é fundamental distinguir a agricultura como ela é efetivamente praticada e como pode ser observada, constituindo-se, assim, em um objeto real de conhecimento. O que o observador pensa e diz sobre esse objeto compreende um conjunto de conhecimentos abstratos que podem ser metodicamente elaborados para construir um verdadeiro objeto teórico, que é o sistema agrário. Essa contribuição inovou o pensamento sobre a agricultura. De uma análise focada nas atividades produtivas específicas e setoriais passa-se a um enfoque sistêmico que incorpora as interações entre o agricultor e sua família, os recursos naturais físicos e biológicos necessários à produção e as técnicas utilizadas para sua transformação, utilizando-se, para tanto, categorias agronômicas, econômicas, sociais e ecológicas.


Marcel Mazoyer - Laurence Roudart IICA / MDA - NEAD 13/10/2010


e...
V COBRADAN CONGRESSO BRASILEIRO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS NATURAIS
Tema: O papel dos defensivos naturais na agricultura do século XXI
clique e veja programação
(Embrapa Meio Ambiente- Jaguariúna- Maio/2011)

quinta-feira, março 10, 2011

A praga do Lebrão !


Prezados Colegas,

Na UPD São Roque a lebre européia (lebrão) apareceu em meados do ano passado. Inicialmente observamos apenas dois exemplares, mas este ano observamos que a população aumentou bem como o dano econômico. Já não conseguimos colher repolho, couve-flor, brócolis, alface e mesmo os adubos verdes estão sendo devorados por estes animais. Tentamos conviver com os lebrões usando espantalhos e repelentes (a base de pimentas e cabelo humano), mas o efeito é temporário e insuficiente para evitar o dano econômico em nossos experimentos.

Por Lei, apesar desta espécie ser exótica em relação a fauna brasileira, ela não pode ser caçada, apreendida ou perturbada de qualquer forma no meio ambiente. Por isto, procuramos os órgãos competentes (Policia Florestal, IBAMA e Secretaria do Meio Ambiente) para encontrar uma solução. Para nossa surpresa, dois dos três órgãos nos informaram que desconhecem os danos econômicos causados pelo lebrão, pois nunca ninguém reportou este problema. A consulta feita pela UPD São Roque foi a primeira denúncia de danos que estes receberam.

Conseguimos despertar o interesse do Centro de Fauna Silvestre da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo para o problema. Este Centro pode legalmente obter do IBAMA a permissão para o controle do lebrão, mas para isto a UPD São Roque precisa subsidiar a Secretaria do Meio Ambiente com informações sobre os danos causados por esta espécie exótica.

Por isto, agradeceria à aqueles que puderem enviar para o email tivelli@apta.sp.gov.br (Assunto: Lebre Européia) informações de produtores que estejam sofrendo danos econômicos com o lebrão. Solicito que seja enviado um breve relato, onde seja informado o nome do produtor, município, quando a lebre européia apareceu e quais são os danos econômicos causados. Se for possível estimar o valor do prejuízo em Reais, seria muito útil.

Somente com está ação poderemos obter ferramentas legais que permita o manejo do lebrão sem incorrer em crime ambiental.
Desde já agradeço sua atenção e a divulgação desta informação para as regiões do estado de São Paulo que estão sofrendo com o lebrão.

Atenciosamente,

S. Wilson Tivelli
Chefe UPD São Roque/APTA
Fone (11) 4712-2077/4784-3443


Jornada de estudos em Assentamentos Rurais, na Unicamp- Campias:

quarta-feira, março 09, 2011

Ora-pro-nobis


"Senhores, hoje, deu-se a 3ª florada de ora pro nobis. Está acontecendo no 13º dia e não após 15 dias, como falam. Foi outro festival de beleza, perfume, revoada de abelhas, de todos tamanhos e cores. Algumas cansam de tanto néctar e pólen q. estão carregando e pousam na gente. (...) A euroap/africanizada, jataí, marimbondo, eu conheço. Vi uma uruçu amarela,mas,o fotógrafo ainda não havia chegado,passou rapidinho e logo sumiu. Já imaginaram, a cada 13 dias, ver esta maravilha, durante seis meses?Abração" Ioshiko Nobukunist​er
Posted by Picasa

Rota Cambuci

quinta-feira, março 03, 2011

Nariz torto pro folião, ou melhor, pro Agrião


Verdinho Agrião
que de tão azedinho
torceu meu nariz
disse-me um dia um mestre de várias artes
dentre tantas, especificamente a Botânica

Ensinou-nos que seu nome sabiamente tem uma origem, um significado
O agrião, ou melhor,
o Nasturtium officinale,
Seu verdadeiro nome e sobrenome.
Foi porque um dia
alguém "torceu o nariz"
enquanto se nutria 
de frescor e azedume
nesta planta que medica
em sua auto-oficina
viva

Caminhante da roça, clique na imagem  ;)
Que venha o carnaval e seus Agriões!!!
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