sábado, fevereiro 28, 2015

Cardamomo e Assafétida

Conheça o CARDAMOMO

 

O nome cardamomo é usado para designar diversas espécies em três géneros da família do gengibre (as zingiberáceas). São as sementes de uma planta da família do gengibre, que nascem dentro de uma cápsula de cor verde.
cardamomo aromatiza pratos salgados, doces e bebidas como café, chá ou chocolate. Combina muito bem com baunillha e açafrão. Combina com frutas cítricas, maçãs, pêras, mangas e com salada de frutas ou frutas cozidas.
Fica delicioso em preparações com leite, creme ou iogurte, como sorvetes, pudins e arroz doce. Também é usado na confeitaria para aromatizar bolos, tortas e biscoitos. É um componente essencial de várias misturas de temperos indianos e árabes. 
E ASSA FÉTIDA já ouviu falar::

 


Ferula foetida (nome científico)

Descrição : Planta da família das Apiaceae, também conhecida como férula, funcho-gigante, esterco-do-diabo. Planta de porte herbáceo, monóica, perene, de 1.5 a 2m de altura, rizoma pivotado grande e carnoso, que forma uma espécie de coroa. Folhas grandes, radicais, penapartidas com segmentos bipinados. As flores aparecem no 5°. ano em umbelas que se formam em talos lisos de 10 cm de comprimento. As flores são numerosas, verde-amareladas a brancas. O fruto é ovado, chato, marrom-avermelhado, com nítidas marcas de óleo. O pequeno fruto tem suco leitoso, e sabor a alho e cebola, muito penetrante.

Partes utilizadas : Goma com resina oleosa.

Habitat: É nativa do Afeganistão e Ira.

História: É tempero importantíssimo na culinária indiana, e também é medicamento. Já no ocidente, é mais conhecido como medicamento, embora em delicatessens e bazares também ofereçam a especiaria. Faz parte das farmacopéias homeopática, ayurvédica e chinesa.

Propriedades medicinais: Anti-coagulante, digestivo, hipotensor.

Indicações: bronquite, cólica, constipação, convulsão, dor, tosse forte, vermes. Afecções respiratórias: tosse forte, tosse espasmódica, bonquite, espasmos da glote, coqueluche.Afecções gastro-intestinais: gases, cólicas, espasmos, gastrite crônica, dispepsia e cólon irritável, ventre rebelde, cólicas flatulentas dos hipocondríacos.

Farmacologia: A assa-fétida tem, comprovadamente, um efeito desinfetante gastro-intestinal suave; Já sua atividade sedativa é incerta; Em estudos com animais, ela apresentou efeito antitumoral e mutagenico sobre a Salmonellatyphimurium.


http://www.lotusprodutos.com.br/ 

quarta-feira, janeiro 29, 2014

Alho e Cebola... tempo de rever a culinária brasileira!

Por que os Devotos de Krishna Não Comem Alho e Cebola?

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Kurma Dasa

Kurma Dasa, o mais famoso cozinheiro do movimento Hare Krishna e estrela do programa Cooking with Kurma, responde à pergunta.

“Por que os devotos de Krishna não comem alho e cebola?”. Essa é uma das perguntas mais comuns feitas a mim. Aqui está a minha resposta curta: como um devoto de Krishna e praticante de bhakti-yoga, eu não como alho nem cebola porque eles não podem ser oferecidos a Krishna.
Aqui está a minha resposta mais longa: você talvez saiba que a cebola e o alho são membros da família botânica aliáceos (alliums) – juntamente com o alho-poró, cebolinha e chalotas.
Segundo o ayurveda, a ciência médica clássica da Índia, os alimentos são agrupados em três categorias – sattvarajas e tamas, respectivamente “bondade”, “paixão” e “ignorância”. Cebola e alho, e as outras plantas aliáceas, são classificadas como rajas e tamas, o que significa que aumentam a paixão e a ignorância.
Aqueles que se submetem a cozinhar ao puro estilo brahmana da Índia, entre os quais me incluo, evaishnavas – seguidores do Senhor Vishnu, Rama e Krishna – gostam de cozinhar apenas com alimentos da categoria sattva. Esses alimentos incluem frutas frescas, legumes e ervas aromáticas, produtos lácteos, grãos, legumes e assim por diante. Especificamente, vaishnavas não gostam de cozinhar com alimentos rajásicos ou tamásicos porque eles não podem ser oferecidos à Divindade.
Alimentos rajásicos e tamásicos também não são usados porque são prejudiciais para a meditação e atividades devocionais. “Alho e cebola são rajas e tamas e são proibidos aos yogis porque enraízam a consciência mais firmemente no corpo”, diz Dr. Robert E. Svoboda, famosa autoridade no ayurveda.
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Kurma Dasa, autor deste artigo e o mais famoso chef do Movimento Hare Krishna.
Alguns ramos da medicina ocidental dizem que os alliums têm benefícios específicos à saúde; o alho é respeitado, pelo menos nos círculos médicos alopatas, como um antibiótico natural. Nos últimos anos, embora as implicações dos resultados cardiovasculares do allium vegetal tenham sido estudadas com algum detalhe, as implicações clínicas do consumo da cebola e do alho a partir deste ponto de vista ainda não são bem compreendidas.
No entanto, ainda há muitas coisas negativas a se dizer sobre o alho e a cebola. Pouco conhecido é o fato de que o alho no estado bruto pode carregar nocivas (potencialmente fatais) bactérias do botulismo. Talvez tenha sido com consciência disso que o poeta romano Horácio descreveu o alho como “mais prejudicial do que cicuta”.
Deve ser salientado que o alho e a cebola são evitados pelos espiritualistas porque estimulam o sistema nervoso central e podem perturbar votos de celibato. O alho é um afrodisíaco natural. Oayurveda sugere que é um tônico para a perda de potência sexual por qualquer motivo, debilidade sexual, impotência por excesso de vida sexual e esgotamento nervoso decorrente de hábitos sexuais dissipativos. Afirma-se que é especialmente útil para os idosos com tensão nervosa e diminuição da potência sexual.
Os taoístas perceberam há milhares de anos que as plantas da família aliácea eram prejudiciais para os seres humanos em seu estado saudável. Em seus escritos, o sábio Tsang-tsé descreveu osalliums como “os cinco vegetais perfumados ou picantes” e disse que cada um tem um efeito negativo sobre um dos seguintes cinco órgãos – fígado, baço, pulmões, rins e coração. Respectivamente, as cebolas são prejudiciais para os pulmões, o alho para o coração, alho-poró para o baço, cebolinha-capim para o fígado e cebolinha comum para os rins.
Tsang-tsé disse que esses vegetais pungentes contêm cinco tipos diferentes de enzimas que causam “hálito repugnante, odor extremamente desagradável no suor e movimentos do intestino, e levam a ocupações lascivas, aumentam a agitação, ansiedade e agressividade”, especialmente quando consumidos crus.
Coisas semelhantes são descritas no ayurveda. “Além de produzir hálito e odor corporal, essas plantas (aliáceas) induzem irritação, agitação, ansiedade e agressividade. Assim, são prejudiciais física, emocional, mental e espiritualmente”.
De volta à década de 1980, em sua pesquisa sobre o funcionamento do cérebro humano, o Dr. Robert [Bob] C. Beck descobriu que o alho tem um efeito negativo sobre o cérebro. Ele constatou que o alho de fato é tóxico para o homem porque seus íons de hidroxila sulfona penetram a barreira hemato-encefálica e são tóxicos para as células do cérebro.
Beck explicou que, desde os anos 50, sabia-se que o alho reduz o tempo de reação de duas a três vezes quando consumidos por pilotos em testes de voo. Isso ocorre porque os efeitos tóxicos do alho “dessincronizam” as ondas do cérebro.
Precisamente pela mesma razão, a família de plantas do alho tem sido amplamente reconhecida como sendo prejudicial aos cães.
Mesmo quando o alho é usado como alimento na cultura chinesa, é considerado nocivo para o estômago, o fígado e os olhos, bem como causa de tontura e de energia dispersada quando consumidos em quantidades imoderadas.
Nem sempre o alho é visto como tendo propriedades totalmente benéficas na culinária e na medicina ocidental. É amplamente aceito entre os profissionais de saúde que, além de matar bactérias nocivas, o alho também destrói as bactérias benéficas, que são essenciais para o bom funcionamento do sistema digestivo.
Praticantes de Reiki explicam que alhos e cebolas estão entre as primeiras substâncias a serem expulsas do sistema de uma pessoa – juntamente com o tabaco, álcool e medicamentos farmacêuticos. Isso torna evidente que aliáceos têm um efeito negativo sobre o corpo humano e devem ser evitados por razões de saúde.
A medicina homeopática chega à mesma conclusão quando se reconhece que a cebola vermelha produz uma tosse seca, olhos lacrimejantes, espirros, corrimento nasal e outros sintomas familiares relacionados com o frio quando consumidos.
Estas são apenas algumas das razões para eu evitar alho-poró, cebolinha, alho e cebola.
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http://voltaaosupremo.com/artigos/artigos/por-que-os-devotos-de-krishna-nao-comem-alho-e-cebola/

quarta-feira, novembro 27, 2013

Chef na feirinha

Evento que tem tudo a ver com o blog!
Juntar os produtos e criar combinações
Dar asas a imaginação para o aproveitamento dos alimentos!
 

terça-feira, outubro 29, 2013

Caravana Agroecológica do Leste Paulista

 
Foram publicadas as Portarias que colocam em consulta pública as revisões das IN 46 e IN 54, sobre a LEI dos SISTEMAS ORGÂNICOS DE PRODUÇAO.
As normas vigentes, para comparação, podem ser encontradas no sítio do MAPA, em: http://www.agricultura.gov.br/desenvolvimento-sustentavel/organicos/legislacao
 Os projetos de IN em consulta pública podem ser vistos em:
Link para a publicação no DOU, do projeto de IN alterando a IN 46:
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=3&data=14/10/2013
Link para a publicação no DOU, do projeto de IN que substitui a IN 54:
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=10&data=14/10/2013
Para contribuições, seguem orientações:
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou no Diário Oficial da União, nesta segunda-feira, 14 de outubro, 2 projetos de Instrução Normativa (IN) que estão submetidos à consulta pública por um período de 30 dias.
O objetivo da consulta pública é permitir a ampla divulgação dos projetos de Instrução Normativa e a participação de todos os interessados, da sociedade e da rede de produção orgânica, por meio do encaminhamento de contribuições.

As sugestões, devidamente fundamentadas, poderão ser enviadas pelos correios, para a Coordenação de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - COAGRE/DEPROS/SDC/MAPA, situada na Esplanada dos Ministérios, Bloco D, Anexo B, sala 152, CEP 70043-900, Brasília-DF, ou por e-mail, para os endereços eletrônicos a seguir, conforme o assunto:

1. Regulamento Técnico para os Sistemas Orgânicos de Produção: organico.consulta46@agricultura.gov.br
Projeto de Instrução Normativa com a finalidade de alterar a redação da Instrução Normativa no 46, de 6 de outubro de 2011, que estabelece o Regulamento Técnico para os Sistemas Orgânicos de Produção, bem como as listas de substâncias e práticas permitidas para uso nos Sistemas Orgânicos de Produção.

Anexos: Portaria e Projeto de Instrução Normativa

2. Comissões da Produção Orgânica: organico.consulta54@agricultura.gov.br
Projeto de Instrução Normativa que regulamenta a Estrutura, Composição e Atribuições das Comissões da Produção Orgânica nas Unidades da Federação e a Subcomissão Temática de Produção Orgânica.
 

terça-feira, junho 18, 2013

Feiras de negócios orgânicos e tecnológicos

Segue a dica de duas Feiras importantes acontecendo pelos próximos dias!
 


Néctar do campo

Atualizamos a página dos "Morangos".
Visite aqui: www.nectardocampo.blogspot.com e conheça um pouco de nosso projeto rural!


O néctar, ou amṛita, do sânscrito significa "imortal", e é associado a um símbolo sagrado de sabedoria, iluminação espiritual e também da cura e renovação da vida.

Normalmente o néctar é aproveitado por certos animais (insetos, aves e mamíferos) como fonte de água e carboidratos, e estes animais procuram as plantas nectaríferas para sua alimentação. Em contrapartida, muitas espécies vegetais apresentam glândulas de néctar (nectários) nas suas flores, de maneira que, ao visitar esta fonte de néctar, o animal fatalmente irá esbarrar nas anteras e carregar o pólen para outras flores, efetuando assim a polinização. Esta relação mútua entre plantas e animais, intermediada pelo néctar, tem evoluído e uma miríade de espécies vegetais e animais, com as mais variadas adaptações morfológicas, surgiram assim sobre a Terra. Fonte:Wikipédia

sábado, maio 25, 2013

Terra, Alimento e Liberdade


"Não é mais possível dizer que não sabíamos"

Vídeos que deveriam ser divulgados na TV, debatidos nas escolas, comentados nas mesas de bares (e churrascarias), etc... 

 

 
 
Bovine: a real vida das vacas
"Não é mais possível dizer que não sabíamos", diz Philip Low
 
Dieta absolvida: Conselho Regional de Nutricionistas publica parecer sobre dietas vegetarianas

 Troque a faca pelo garfo
 
Back to the Start - Chipotle
 
La surconsommation.
 
A Engrenagem - Instituto Nina Rosa
 
Três Razões para não comer carne de peixe
 
A Vaquinha - Trio Parada Dura
 
Morrisey - Meat is Murder
 
Pense Nisso
 
Leite Vegetal de Castanhas
 
Que diferença um dia faz
 
Atave - A Avicultura Escancarada (9:34)
 
The Meatrix
 
 
Gary Yourofsky  - Palestra sobre Veganismo
 
A carne é fraca – Instituto Nina Rosa
 
Não Matarás - os animais e os homens nos bastidores da ciência  - Instituto Nina Rosa
 
Medicina sem Crueldade
 
Os custos secretos dos Hamburgues
 
Alimentação Vegetariana e Crise Energética
http://vista-se.com.br/redesocial/alimentacao-vegetariana-e-crise-energetica/
 
Porque buddhistas deveriam ser vegetarianos
 
Por que Vegan?
 
Compra melhor, coma melhor
 
Pecuária Industrial
 
Moringa Oleífera – A verdadeira Carne Verde
 
Ora pro nobis
 
Consumo de carnes e peixes representa desperdício, diz relatório da ONU
 
Vitamina B12 – 30 informações importantes
O único nutriente que não é possível obter com um dieta estritamente vegetariana é a Vitamina B12 ativa, que é produzida por bactérias e cujas fontes principais são: carnes, leite, queijos, ovos e suplementos. Mas uma dieta onívora não garante a suplementação da B12 já que segundo esta pesquisa, em média 40% das pessoas que comem carne apresentam deficiência desta vitamina enquanto 50% dos vegetarianos apresentam a mesma deficiência. A B12 utilizada nos suplementos é proveniente de cultura de bactérias em laboratório e ela deve estar no nosso organismo acima de 490 pcg/mL e a homocisteína deve permanecer abaixo de 8 mcmol/L. Para quem tem ou quer ter uma dieta vegetariana recomenda-se consulta com nutricionistas vegetarianos. 
 
Jardim das Folhas Sagradas (Para se pensar a questão da libertação animal e do candomblé)
 
Vegetarianismo ético minimalista - Desidério Murcho
 
Sites:
 
Eventos Acadêmicos:
Encontro Nacional de Direitos Animais (2012)
 
 
 
 

 
Esta é nossa vaca e sua bezerrinha, com algumas horas de vida (em março 2013).
Seguimos uma dieta Lacto-vegetariana
(consumimos leite e derivados, mas não comemos nem ovos, nem carnes).
Também estamos nos empenhando em executar um projeto idealizado por Srila Prabhupada de PROTEÇÃO AO BOVINOS:
Mais infos em: http://www.iscowp.org/ e http://www.cowprotection.com/


 
O QUE HÁ DE ERRADO EM COMER CARNE?
10 conselhos para evitar o sofrimento dos animais em seu dia-a-dia.
 

quarta-feira, maio 08, 2013

O efeito da comida


O efeito da comida
por Lisa Tassi

Hoje em dia o entusiasmo por se cozinhar foi diminuindo na proporção em que os restaurantes foram surgindo. O fato de as mulheres, que antes cuidavam especialmente da alimentação do lar, hoje saírem para trabalhar, também foi significativo para esta mudança de hábitos.

A questão é que sabemos que a alimentação contemporânea, embasada em restaurantes “fast foods” (lanches, pizzas, cachorro quente) e especialmente os “self-service” (onde os sentidos ficam livres para escolher o alimento mais atrativo para o prazer da língua) possibilitam ou induzem a um consumo alimentar pouco equilibrado, muito embora por diversas vezes sejamos iludidos achando que nossas escolhas são as mais saudáveis. No entanto, o aspecto que quero destacar é sobre o valor da energia sutil do alimento.

Sobre isso vou lhes contar uma história retirada do livro infantil A turma do menino Azul no caminho de volta ao lar, de Goura Prestha, que reforçou meus entendimentos sobre o efeito de tudo que como e também me estimulou a cozinhar mais.

 “A Índia estava em guerra, lutando por sua independência. Numa prisão havia vários presos condenados à morte, mas nem todos eram criminosos perigosos. Raghvir era um jovem sensível e educado. Ele, sabendo que lhe restavam poucas semanas de vida, dedicou-se a estudar as Escrituras Sagradas à procura de conforto. Um mestre vinha visita-lo e conversava com ele sobre Krsna e a vida depois da morte. Raghvir sempre recebia o mestre com muita alegria e paciência.

Certo dia, porém, o mestre encontrou o rapaz ansioso e infeliz:

-O que o perturba, meu amável jovem?

-Durante esses últimos três dias, tenho tido pensamentos horríveis. Mais do que pensamentos, são imagens vivas de algo tão terrível! Não sei como elas chegam até mim e não consigo me livrar delas. Dormindo e até mesmo acordado, elas me perseguem.

-Mas que imagens são essas, filho?

-Imagine, mestre, sonho que estou matando uma pessoa. Eu nunca matei ninguém! Vejo a cena do crime com todos os detalhes.

O jovem terminou sua história em soluços. O mestre colocou a mão no ombro dele para acalmá-lo. Depois que Raghvir se acalmou...

-O que você comeu nesses últimos dias? – perguntou o mestre

-O mesmo de sempre – respondeu o jovem. Mas creio que eles tenham trocado de cozinheiro, a comida parece um pouco mais gostosa que antes.

O mestre, deixando Raghvir, foi conversar com o guarda:

-Quem cozinha para os presos?

O guarda sorriu:

-Escolhemos um dos prisioneiros, um excelente cozinheiro. Está aqui porque matou uma pessoa. E contou com detalhes como o crime aconteceu.

Exatamente como a cena que Raghvir tinha visto com os olhos da mente. O mestre sugeriu suavemente:

-Olhe, Raghvir é muito sensível, é um excelente rapaz. Você não pode conseguir uma outra pessoa para fazer sua comida?

Assim fizeram. E Raghvir terminou seus dias em paz. ”

Essa história ilustra que o alimento que consumimos, assim como o seu “modo de preparo”, pode ter consequências inimagináveis, isso sem levar em conta o processo produtivo do mesmo (industrializado, irradiado, envenenado, etc.). A atenção e respeito com a alimentação deve considerar inclusive o provedor do alimento: o agricultor, e indo além dele, Deus.

Desde pequena aprendi com minha mãe a diariamente pedir a benção do Senhor ao alimento que como. Mais tarde, com alguns mestres, aprendi a oferecer a Deus aquilo que Lhe agrada e me alimentar de Seus restos (prasada). Quem se importa e valoriza o que se alimenta deve ficar atento, pois muitas vezes as angustias e ansiedades do dia-a-dia podem ser apenas reflexo daquilo que ingerimos.                                                                                             
 
 

Lançamento...Alimentos Orgânicos, cozinha saudável

 Nesta sexta (10 de maio) o projeto Sexta na Estação, da Rede de Agroecologia de UNICAMP (www.cisguanabara.unicamp.br/rau)  trará na Feira Pé na Roça o lançamento do livro "Alimentos Orgânicos: cozinha saudável" de Beatriz C. Pazinato, Inês S. Minowa, José Augusto Maiorano e Sirley Maiorano, às 16h!

  Teremos degustação de receitas orgânicas.
 Local: Cis-Cis Guanabara - Rua Mário Siqueira, 829 -Campinas - SP


...Curiosa para ler... porque não necessariamente só porque é orgânico, é saudável!
Divulgo também o evento do pessoal da FEAGRI- UNICAMP ...

segunda-feira, abril 29, 2013

A Grande Árvore e suas lições...

por Lisa Tassi  (Vraja-sundari)


As plantas nos rodeiam diariamente, mas muitas vezes ignoramos as lições que delas podemos extrair. Todos querem crescer fortes para dar frutos de qualidade e conseguir assim colheita farta. Mas, para isso precisamos ter uma boa semente ou muda. Se a origem não é boa, a previsão de colheita já será menor. No entanto, se mesmo assim, cultivarmos com afinco, adubando, retirando as ervas invasoras e dando água e sol necessários, a planta certamente crescerá. Aí, após espera e dedicação de meses, ou até anos, chega a hora da planta desabrochar em flores, para então se preparar para frutificar.

Com os frutos, muitas alegrias surgem: os animais e os homens são supridos com alimento, insetos e decompositores também sebeneficiam, além de que, pode-se também conseguir renda monetária com uma colheita farta! Normalmente, finda a colheita, as plantas encerram seu ciclo, ou recomeçam outro florescimento e frutificação.A questão é que inevitavelmente ocorre a morte. A planta encerra seu ciclo para outro se iniciar.

E conosco, seres humanos é igual. Uma hora acabará nossa missão nesta existência terrena e seguiremospara uma nova jornada, estejamos conscientes disto ou não. Sobre isso,Srila Bhaktivedanta Narayana Goswami Maharaja (1921- 2010), que traduziu mais de 30 textos sagrados e até o dia de hoje é o expoente máximo no que se refere à sabedoria milenar da Índia disse: “Após a morte, todos terão que voltar a nascer neste mundo. Conforme forem as atividades por ele realizadas, precisarão colher os frutos das mesmas em uma vida futura”.

No Srimad Bhagavatam, importante escritura védica é dito:“O Senhor (Krsna) é como uma grande árvore e todos os outros, incluindo os semideuses, homens e outras entidades vivas são como ramos, brotos e folhas desta árvore. Regando com água a raiz da árvore, todas as partes da árvore são automaticamente nutridas. Apenas os galhos e folhas que estão separados é que não podem ser satisfeitos (canto 1, cap1.5)”.

Então, se compreendemos que somos as partes integrantes do corpo transcendental de Krsna (Deus), SrilaNarayana afirma que é nossa obrigação prestar serviço ao todo, ou Krsna. No entanto se não sabemos como avançar, o mais sensato é procurar ajuda.Uns procuram o médico, o psicólogo, o agrônomo, etc, mas as escrituras orientam que todos devem tentar encontrar um mestre espiritual autêntico para assim cumprir a missão de suas vidas, que é transferir-se ao plano da bem-aventurança espiritual (O Néctar da Devoção – a ciência completa da bhahti-yoga/ Bhaktivedanta Swami, 1979).



segunda-feira, abril 08, 2013

ATUALIDADES DA AGRICULTURA FAMILIAR E OS NOVOS-RURAIS

Por Lisa Tassi


Quem é que não se enche de bons humores ao contemplar uma paisagem natural? Matas, montanhas, rios, etc. Sentimento semelhante vem ao nos depararmos com campos cultivados, plantações, especialmente porque sabemos que neste caso, alguém está cuidando do local: a família rural, o agricultor.

Em nossa região, que se consolidou nos últimos anos com a produção de frutas por agricultores familiares, se destacam as culturas da uva, figo, morango e caqui, além da cana de açúcar.No entanto a realidade atual é bem diferente de 30 anos atrás, onde as fazendas e sítios eram altamente diversificados, incluindo o cultivo de milho, feijão, arroz e mandioca. Todos tinham algumas vacas para o leite do dia-a-dia e a agricultura era a realidade promissora de muitas famílias. Em função das mudanças e influências da “sociedade de consumo”, a prática agrícola infelizmente já não atrai mais tanto o agricultor ou mesmo o cidadão comum.

Uma das diretrizes do Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável da CATI(Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) Campinas - 2010-2014é justamente a revalorização e respeito da área rural da região. Dentre as ameaças ao contexto rural, citadas no Plano temos: 1) descapitalização; 2) mudanças de clima; 3) atravessadores; 4) exploração imobiliária; 5) êxodo rural; 6) mão-de-obra migrando para atividades não agrícolas; 7) pressão imobiliária sobre as áreas rurais; 8) crescimento urbano desordenado; 9) falta de segurança no meio rural (roubo de equipamentos e máquinas); 10) pressão do mercado consumidor quanto à adoção das boas práticas agrícolas. Com base nos dados do LUPA (Levantamento Censitário de Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo) e da CATI, a área cultivada com fruticultura nesta região vem diminuindo, assim como o número de unidades produtivas.

Outro dado, do jornal Folha de São Paulo, é que a idade média do produtor subiu e que este já não encontra mais sucessores, somente herdeiros. Assim, os agricultores familiares que ainda se mantém em atividade são verdadeiros “heróis da resistência”, pois toleram inúmeras dificuldades, especialmente as de cunho mercadológico, que englobam desde as imposições das grandes agroindústrias (oferta de sementes, agrotóxicos, etc.), assim como o escoamento da produção, que geralmente é em escala menor do que a dos grandes empreendimentos agrícolas. Apesar de tudo, o agricultor ainda tem encontrado alento nas opções de crédito e comercialização do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar –PRONAF, além de cursos de capacitação gratuitos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR, via sindicatos.

Mesmo com todos os limitantes rurais, é bem pouco provável que a agricultura seja extinta. A produção de alimentos, diferentemente da “indústria de futilidades”, é um serviço imprescindível e natural ao ser humano. Dessa forma, por mais que a agricultura familiar tradicional venhaperdendo destaque, um novo perfil de agricultorvem lentamente se mostrando, sendo denominado pelos acadêmicos como “novos-rurais”. São pessoas que se identificam com a agricultura e assim se conectam ao campo buscando empreenderuma vida rural em sintonia com a vida contemporânea, enfrentando desafios ainda maiores do que os encontrados pelos experientes homens do campo.Quer seja novo ou velho produtor, uma coisa é certa, as experiências do ambiente rural são infinitas, cheias de desafios, fartura e encanto, sendo dignas de serem vividas intensamente.

Artigo publicado no jornal de Itatiba dia 31 de março de 2013



quarta-feira, março 20, 2013

Frente Parlamentar de SP - para Produção Orgânica e Agroecologia





Agricultura, nutrição e desenvolvimento humano

DIVULGANDO....
"Dias 6,7/4/13, ministrarei minicurso abaixo tematizado na Associação Biodinâmica, Bairro Demétria, Botucatu (vide site www.biodinâmica.org.br)
Sem mais, deixo fraterno abraço,
Attila"
(Prof. Dr. Andreas Attila de Wolinsk Miklós
PhD em Ciências da Terra pela Universidade Paris VI. MsC em Geoquímica da Superfície pela Universidade de Poitiers, França. Graduação em Agronomia pela FCA – UNESP, Botucatu. Atualmente é Professor Doutor do Departamento de Geografia (FFLCH / USP). Foi Professor Doutor do Departamento de Ciência do Solo e Nutrição de Plantas da ESALQ / USP. Foi Orientador do Programa de Pós-Graduação em Solos e Nutrição de Plantas da ESALQ / USP. Pesquisador-membro do Núcleo de Pesquisa Geosfera – Litosfera (NUPEGEL / ESALQ / USP). Foi Orientador do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental (PROCAM / USP). Assessor em Agricultura Biodinâmica. Foi Diretor da Associação Brasileira de Agriculturra Biodinâmica. Foi indicado Membro Suplente da Conselho Técnico Nacional de Biossegurança (CTNBio) como representante da Agricultura Familiar. Membro da Comunidade de Cristãos de São Paulo. Membro da Sociedade Antroposófica no Brasil. Membro da Ia Classe da Escola Superior Livre de Ciência do Espírito. Goetheanum, Dornach, Suiça. awmiklos@terra.com.br )
 
Modo de concepção de gênero alimentício, tríplice necessidade nutritiva e desenvolvimento humano. De Zaratustra à Pedra Fundamental da Antroposofia de Rudolf Steiner. Atualização do fenômeno de Paulus em Damasco, Não – Eu; mas o Cristo em Nós.”
· I PARTE: A Terra e o Homem
o Papel dos seres vivos na organização e dinâmica da paisagem.
o Biodiversidade e renovação das terras.
o A polaridade associação x dissociação como fenômeno vital global.
o Natureza, balanço dos quatro elementos: terra – água – ar – calor.
o Trimembração do organismo social.
o Sociedade: balanço da vida cultural, político-jurídica e econômica.
o Erosão social e natural: uma questão nutricional.

quarta-feira, março 13, 2013

Politica e organicamente falando...


O mercado orgânico ganhou um reforço importante do Governo do Estado de São Paulo com o lançamento do Projeto São Paulo Orgânico, na terça, 5 de março. Lançado pelo governador Geraldo Alckmin, com a presença dos secretários Bruno Covas, do Meio Ambiente, e Mônika Bergamaschi, da Agricultura e Abastecimento, no Parque da Água Branca, o programa incentiva a agricultura orgânica, com redução de insumos químicos e, consequentemente, oferta de produtos mais seguros e saudáveis.

Para o secretario Bruno Covas, o projeto é mais uma iniciativa de São Paulo que vem “ampliar, proteger, difundir, educar e promover a agricultura orgânica para a população”. O governador anunciou a abertura de linha do FEAP – Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (o teto do financiamento é de até R$ 100 mil por agricultor pessoa física ou jurídica e de até R$ 400 mil por cooperativa ou associações de agricultores) e a participação do estado, na BioBrazil Fair/Bio Fach América Latina (feira brasileira de negócios que reúne os principais produtores, fabricantes, distribuidores e importadores do mundo orgânico).

“Hoje nós estamos dando um passo muito importante pra fortalecer a agricultura orgânica em São Paulo. Produtos certificados, que não contém agrotóxicos, que garantem não só a saúde das pessoas, mas agregam valor e melhoraram a renda do pequeno agricultor do Estado de São Paulo”, disse o governador Geraldo Alckmin.

A presidente da Associação de Agricultura Orgânica, Ondalva Serrano, ressaltou a importância dos produtos orgânicos para a qualidade de vida da população. “Saúde não é ligada a remédio, saúde é ligada a alimentação saudável. Os alimentos orgânicos são fundamentais para melhorar a alimentação e a vida da população”, afirmou. A Secretária de Agricultura e Abastecimento, Mônica Bergamaschi, destacou a importância da agriculturafamiliar e do pequeno e médio produtor para levar o alimento à mesa do brasileiro no dia a dia e afirmou que a linha de financiamento então lançada vem para facilitar o período de transição da agricultura convencional para a agricultura orgânica.

Capacitações
Durante o evento foram entregues os certificados à turma concluinte do primeiro módulo do curso de produção orgânica e foi divulgado o calendário 2013 de capacitação dos técnicos da pasta do Meio Ambiente, da Agricultura e do ITESP – Instituto de Terras do estado de São Paulo. Em 2013, também haverá capacitação dos produtores rurais do Assentamento Mário Covas, localizado no munícipio de São Simão.

Biblioteca
São Paulo ganhou, ainda, cinco mil títulos da biblioteca Ana Maria Primavesi. O acervo, um dos maiores do país sobre o tema dos orgânicos, fará parte do CEREA – Centro de Referência de Educação Ambiental, que será inaugurado ainda este semestre no Parque Villa-Lobos. Ana Maria Primavesi é pesquisadora, engenheira agrônoma, produtora e uma das maiores referências na temática da agroecologia no mundo.

Financiamento
A linha de financiamento para a Agricultura Orgânica tem por objetivo viabilizar o período de transição do sistema produtivo convencional para o orgânico, propor inovações tecnológicas que diminuam o consumo de insumos químicos e incentivar a transformação de alimentos nos próprios locais de produção, agregando valor aos produtos agropecuários.

Dentro desta linha de financiamento do FEAP – BANAGRO, o agricultor poderá financiar a certificação da área produtiva, a aquisição de equipamentos e insumos destinados à transição agroecológica e a modernização da produção orgânica. O agricultor poderá também financiar as instalações e equipamentos para a produção de fertilizantes e defensivos orgânicos, além do custo das análises laboratoriais (água, solo, fertilizantes, etc.) e dos procedimentos para outorga d’água e georreferenciamento da propriedade.
O teto de financiamento é de até R$100.000,00 por agricultor pessoa física ou jurídica e de até R$400.000,00 por cooperativa ou associação de agricultores. O prazo de pagamento é de até sete anos, inclusa a carência de até quatro anos. O encargo financeiro é de 3% de juros ao ano.

 Dia 26 de março é a DATA DE LANÇAMENTO DA FRENTE PARLAMENTAR
PAUTA:

Ações do governo de São Paulo que serão divulgadas. Secretarias de Meio Ambiente e Agricultura e Abastecimento. Presença do governador e de dois secretários de estado.
1- Programa São Paulo Orgânico (pela Copa Orgânica de 2014);
2- Programa de Capacitação de 200 técnicos da CATI e do ITESP em Agricultura Orgânica na UPD de São Roque e em propriedades de agricultores orgânicos da região, para os serviços de ATER demandados;
3- Lançamento do Projeto de Financiamento pelo FEAP-BANAGRO de agricultores para a conversão ao sistema orgânico de produção, a juros subsidiados;
4- Cessão para a Secretaria de Meio Ambiente da biblioteca particular, com cerca de 5000 títulos, doada pela Dra Ana Maria Primavesi para a AAO, e que deverá ser instalada no Parque Burle Max, com acesso direto, por passarela, ao público do Campus da USP e a qualquer interessado
5- Atualização de informações de projetos e programas em andamento por iniciativa do governo do estado de São Paulo.
Presença da Dra Ana Maria Primavesi – Agradecimento público pela doação de sua biblioteca particular e à Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo.

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Conversa com a Presidenta
http://www2.planalto.gov.br/imprensa/conversa-com-a-presidenta/conversa-com-a-presidenta-81

05/03/2013 às 09h00

Coluna semanal da Presidenta Dilma Rousseff

Gerusa Ramos Ibanez, 39 anos, nutricionista de Ananindeua (PA) – Há incentivos para que os agricultores produzam mais alimentos orgânicos, com preços mais acessíveis?

Presidenta Dilma – Sim, Gerusa, nós incentivamos o cultivo de alimentos orgânicos no Brasil. Em 2003, construimos o marco regulatório da produção orgânica nacional, definido pela Lei nº 10.831, e, em 2012, instituímos a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Decreto nº 7.794). Essa política prevê ações de pesquisa, assistência técnica, gestão ambiental, formação profissional, financiamento para o setor e estímulos à produção. Há um conselho interministerial responsável pela política, que conta com participação da sociedade civil e de entidades de agroecologia. Uma das iniciativas do governo é o pagamento de um adicional de 30% na compra de alimentos orgânicos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), inclusive para utilização na merenda escolar. Além disso, o Pronaf Agroecologia financia projetos agroecológicos ou orgânicos de até R$ 130 mil com juros de até 2% ao ano. Lançamos também, em 2012, a campanha “Brasil Orgânico e Sustentável”, para estimular o consumo desses produtos. Atualmente, há 11.524 unidades de produção orgânica reconhecidas para venda direta ao consumidor. Gerusa, queremos que o Brasil avance ainda mais neste setor, garantindo alimentos cada vez mais saudáveis para a população.

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